TEATRO E O EVANGELISMO

A Missão Evangelística do Teatro

Evangelizar através do teatro.
É, ainda são muitos os que não crêem neste tipo de oferta. Mas afirmo, por experiência
pessoal, que a evangelização com teatro tem sua importância para o Reino de
Deus.
Quando comecei a escrever textos de teatro para apresentar na Igreja, não somente
eu, mas a Igreja, reconheceu que Deus havia me separado para esse Ministério.
Esse fato ocorreu em 1996, naquele ano, o Espírito Santo pôde falar aos corações, através
da peça “O Filho Pródigo”, que eu também produzi.
Muitas pessoas foram abençoadas com a montagem e dentre eles, alguns jovens,
novos crentes, ainda com a vida desestruturada, presenciaram a atuação do poder de
Deus através da peça e foram abençoados. Tempo depois, alguns deles se juntaram ao
Ministério de Teatro e pudemos testemunhar que aqueles jovens que outrora eram oprimidos,
agora eram usados por Deus no teatro para alcançar outras almas.

"Luiza Regina Reis"


Luiza Reis é escritora de várias peças de teatro e jogral, os quais estão disponíveis na internet como:

ATO I
ATO II
ATO III entre outros.

TEATRO EVANGÉLICO - UM MINISTÉRIO METALINGUÍSTICO


TEATRO EVANGÉLICO - UM MINISTÉRIO METALINGUÍSTICO


Está enganado aquele que tenta desentender o teatro evangélico como outra coisa que não uma arte apta a veicular a mensagem bíblica, através da estética das palavras e da representação.


Não se trata de exacerbação experimentalista, pelo contrário, entendemos que a arte dramática é um ministério metalinguístico com um código de comunicação variado. Pode ir e vai além mesmo da linguagem corrente, tratando dos dramas e conflitos humanos.
No Velho Testamento, a encenação, a representação e as palavras dramatizadas são tão antigas quanto a poesia hebraica.


As encenações seguintes, ambas determinadas pelo Senhor ao profeta Ezequiel, são, por assim dizer, um script de experiências onde se estrutura uma tese - o chamado miolo da acção -, como sinais de aviso a Israel sobre o cativeiro:


«Tu, pois, ò filho do homem, toma um tijolo, põe-no diante de ti, e grava nele a cidade de Jerusalém. Põe cerco contra ela, edifica contra ela fortificações, levanta contra ela trincheiras e põe contra ela arraiais, e aríetes em redor.» -Ezequiel,4,1-2


«Tu, pois, ó filho do homem, prepara a bagagem de exílio, e de dia sai, à vista deles, para o exílio; e do lugar onde estás parte para outro lugar à vista deles. À vista deles, pois, traze para a rua, de dia, a tua bagagem de exílio; depois, à tarde sairás, à vista deles, como quem vai para o exílio.
Abre um buraco na parede, à vista deles, e sai por ali.» - 12, 3-5


O arco do proscénio, sob o qual na velha Europa e na terra de Shakespeare
se representavam as palavras, através da voz, do corpo, da acção, não era necessariamente lugar de pecado. Para o teatro evangélico não o é seguramente, e agora mesmo, nos nossos dias, os palcos para a representação de peças cristãs são abertos, são a própria rua, muitas vezes, são a própria tribuna donde se prega a Palavra de Deus.


O nosso teatro, a nossa maneira de expressarmos com arte o Evangelho, pode abandonar - como alguém escreveu - «a escuridão dos cenários e penetrar na luz do Sol - perante palácios, nos adros das igrejas, nos largos das aldeias, nas colinas», sendo que o que é válido para o teatro dito secular, «mundano», pode e dever ser mais válido ainda para o teatro de conteúdo cristão.

As peças dramáticas cristãs, com base nos quadros bíblicos e veiculando mensagens para os dias hodiernos, não são frívolas, nem para diversão. São para fazer pensar e para ajudar a mudar vidas, seja na vertente do chamado teatro de época (bíblica, do Velho e do Novo Testamentos), seja sob a forma da representação da vida moderna. São uma das mais poderosas ferramentas de evangelização que levam a vivenciar situações, factos, personagens - é o que nos diz um dos mais recentes manuais do género, editado no Brasil pela Hagnos, «O Ministério do Teatro II ».


Claro que tal visão do uso de meios como a arte cénica, terá a ver, também, com o desenvolvimento cultural da comunidade, da sociedade e do país.
Se recorrermos ao mais completo meio de pesquisa dos nossos dias, aos chamados directórios ou motores de busca de sites na Internet sobre o tema em apreço, «teatro evangélico », verificaremos que existe uma multiplicidade de oferta neste domínio. As informações sobre companhias de teatro cristão aptas a trabalharem em liceus, igrejas e conferências, como um ministério instituído, designadamente nos Estados Unidos da América, são vastíssimas.


Mas não só. As artes de representação cristãs, a reintrodução de uma cultura cristã evangélica no meio de uma sociedade secularizada e materialista, estendem-se do Reino Unido à Australia, tocam pontos tão díspares como Tauranga, na Nova Zelandia, e Vancouver, no Canadá.
Em português também. Movimentos evangélicos do Brasil utilizam os grupos de arte dramática e musical como meio para proclamarem o Evangelho e a dimensão da vida cristã evangélica.


No âmbito da literatura com intuitos esclarecedores e pedagógicos sobre este ministério tão específico, as artes teatrais como meio de evangelizar, há contudo uma preocupação, ajudar a que não se confunda teatro evangélico com teatro religioso. E aqui as capacidades de discernimento espiritual dos utilizadores devem estar alerta, para uma triagem do que é proclamação evangelística, através da arte, e do que é mera forma de idolatria encenada.


Em «Teatro Evangélico-Um Desafio à Criatividade », um livro não muito denso (110 páginas ) da autoria de Cilene Guedes de Souza, podemos ler uma útil clarificação do ponto acima aflorado: «Mas não se confunda teatro evangélico com teatro religioso. Teatro e religião frequentemente aparecem associados ao longo da história. Os gregos faziam verdadeiros festivais para cultuar Dionísios. Na Idade Média, a igreja usou teatro para popularizar os ensinamentos bíblicos. Os jesuítas catequizavam, também, através da encenação. » Até ao século XV o teatro europeu viveu dos clássicos e do religioso, com espectáculos religiosos, só depois começou as primeiras tentativas de teatro profano. Asseverou-se então que o profano tomara o teatro contra o religioso por tomar contacto com a realidade e a vida.


Todavia, é incontornável hoje, no século XXI, com várias linguagens à disposição do homem, que a escrita religiosa ou evangélica, no teatro, como na ficção ou na poesia, parte da vida e da realidade, no intuito de transformar ambas com o Poder do Evangelho de Jesus Cristo.
Do ponto de vista da escrita para teatro evangélico, há uma reclamação unânime: «faltam textos evangélicos », isto é, não existe uma dramaturgia cristã séria e que aborde temas sérios numa linguagem coloquial, mas ritmica, que confronte os problemas do homem pós-moderno, o qual se reivindica de um ateísmo intelectual bem mais do que religioso.


Como também não há entre nós uma tradição de boas encenações para bons textos dramatúrgicos.
Existem, no entanto, belíssimas intenções e já algumas práticas carreadoras da promessa de bom teatro evangélico. É, sem dúvida, o caso de um guia de apoio para o encenador cristão da autoria de Samuel Esteves. Este autor, ao reconhecer que é fácil fazer teatro - título do seu livro, editado pelo Núcleo em 2002 -, transportou para o campo da pedagogia esse seu reconhecimento, assim lemos desde «dicas para encenar uma peça», «notas de apoio ao encenador » até 12 peças que podem ser montadas com proveito para as igrejas.


No outro lado do Atlântico, no Brasil, existem objectivamente já criados grupos permanentes de pesquisa e montagem teatral, orientados para o objectivo de estabelecer o «teatro como uma das ferramentas de evangelismo ».
Mais livros que venham -como os «Diálogos » de Agostinho S. Santos, os já citados «O Ministério do Teatro I e II », ou «Teatro na Igreja com Criatividade » e «Oficina de Teatro Cristão ». Nomeadamente este último, da autoria de Maria José Resende, já em 2ª edição, que coloca propostas para além da linguagem teatral evangélica, colocando a tónica na metalinguística, o que está para lá da linguagem, designadamente o teatro cristão como meio de «cura e consciência», atingindo os sentidos, a percepção, o pensamento, a razão, numa função finalmente terapêutica. O que essa jornalista evangélica brasileira refere ser: «Aquilo que o Senhor da Vida pode fazer para resgatar a dignidade e o valor do ser humano.»-
J.T.Parreira

Formação


Grupo de Teatro Adonai

Grupo criado em maio de 2006, com a finalidade de mostrar de maneira bem clara, divertida e também dramática, as situações reais que vivemos no mundo de hoje.

Levando o evangelho em qualquer lugar através das artes cênicas, o grupo atualmente tem sua base na igreja Assembléia de Deus, no bairro de César Borges em Simões Filho.

Atendendo convites em todas as denominações evangélicas, o grupo tem se destacado no município, para honra e glória do Senhor Jesus Cristo.
Tendo em sua formação 14 jovens e adolecentes entre 13 e 37 anos, apresentou sua primeira peça para o dia das mães, e vem em constante crescimento.

No dia 13 junho houve uma apresentação de uma "peça" escrita por um de nossos componentes.
"Além da Cruz"

Estamos aqui para trazer novidades sobre teatro, música e agenda cultural de nossa cidade e região